O delegado Vinícius Lourenço de Assunção lavrou a detenção em flagrante do jogador William Ribeiro, do São Paulo, após a agressão ao árbitro Rodrigo Crivellaro. O jogador chutou a cabeça do árbitro no chão durante o segundo tempo do jogo entre Guarani e São Paulo pela Divisão de Acesso.
Em entrevista ao repórter William Oliveira, de Venâncio Aires, o delegado da Polícia Civil disse que ouviu as testemunhas do jogo e depois foi até ao hospital. Ele conversou com a médica responsável pelo atendimento ao árbitro.
"Tivemos a apresentação de um individuo que teria agredido o árbitro. Mas não se trata de uma mera agressão. O árbitro, segundo testemunhas, houve primeiro um empurrão e ao cair no chão ele levou um chute na cabeça, o que deixou desacordado. Ele custou a recordar os sentidos e foi levado as pressas ao hospital. Fui ao hospital e falei com a médica. Ela disse que o profissional passaria por exames e ficaria em observação de seis horas. Ela me relatou que o risco é grande neste caso, já que poderia ter lesionado a coluna ou mesmo a cabeça", declarou o delegado.
Segundo Vinícius Assunção, o inquérito criminal ficará pronto em dez dias. O delegado comentou que o caso se assemelha a uma tentativa de homicídio, já que o jogador assume o risco ao agredir o árbitro da forma como ocorreu.
"Me parece que o caso mais se assemelha a uma tentativa de homicídio tendo em vista o dolo assumido pelo jogador, já que o árbitro já caído é atingido na cabeça, região sensível, que pode levar a morte. Por essa razão ele foi autuado pelo artigo 121, paragrafo 2º, inciso 2º, combinado com artigo 14, inciso 2º, que é o crime tentado e o artigo 121 é o crime de homicídio qualificado pelo motivo fútil, motivo banal, que se assemelha ao caso, já que não há motivo para alguém cometer esse tipo de ato em uma simples partida de futebol. Não se justifica a conduta desse atleta, que por sinal já possuiu alguns antecedentes por violência. Situação triste em ter que decidir na autuação em flagrante deste rapaz que será levado a penitenciaria e ficaria a disposição da justiça. O acusado se reservou ao direito de permanecer em silêncio", afirmou o delegado após lavrar o flagrante.
Imagem de capa: FGF TV/Reprodução
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